(De algum momento do ano passado, escrito no caderno de Fisico Quimica.)
Sobrou o quarto semi-vazio
A capacidade de pensar
Os poucos livros na estante
Alguma música
A rede abandonada.
Sobrou a poeira dos discos
Os pregos nas paredes
Espaço entre os braços
O frio das mãos.
Sobrou uma única escova no banheiro
E o teu cheiro no lugar
O filme que não te pertencia
E o seu lugar á mesa que sequer existiu.
Sobrou os sonhos abandonados
Um bilhete amassado
Um desejo bem guardado.
Aliás, muito sobrou
Do pouco que restou de ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário