Quando eu era menor, uma professora de matematica vivia dizendo que eu 'vivia como em um palco o tempo todo'. Para ela não era nenhum elogio, mas pra mim era um prazer. E Sempre foi, por mais complicado que isto exige. Estar em um palco é expor seu interior ao maximo.
É preciso ver vibrar para se sentir seguro de si.
Nessa peça pouca ajuda tenho, é um roteiro sem direção.
Sei que nasci, e que morrerei. O enredo é simples mistério.
Nos meus amores e desamores, a cortina sobe e desce no cotidiano de cada dia.
Até que cheguei aos dias de hoje, aqui!
Poderia ter desempenhado melhor o meu papel?
Esforcei-me o suficiente para merecer este palco?
Que roteiro me reserva ainda a vida?
Não sei..
Só desejo escrever ainda mais algumas páginas
Páginas onde não escreva os mesmos erros
Páginas que me sufoquem e que me encontre
E tudo isso não passa de trejeitos
De roteirista protagonista do teatro da minha vida.
domingo, 12 de setembro de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
Versos simples (3): Eu
Estranho, Diferente, Incompreensivel.
Como uma nova lingua, um novo lugar...
Além mar, bem além daqui
Como a palavra não compreendida
Como a idéia não aceita
Estrangeira:
Talvez como um pouco de tudo.
Mas ainda assim fora daqui.
Como uma nova lingua, um novo lugar...
Além mar, bem além daqui
Como a palavra não compreendida
Como a idéia não aceita
Estrangeira:
Talvez como um pouco de tudo.
Mas ainda assim fora daqui.
Versos Simples (2)
Que a música cale todas as dores
Que o sonho cegue todos os medos
Que a risada nos sufoque na magia de viver
Com fé, seguindo: amém!
Que o sonho cegue todos os medos
Que a risada nos sufoque na magia de viver
Com fé, seguindo: amém!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Versos simples
O mundo estara sempre sob uma linha tênue.
A realidade mais, já que é tão singular: individual.
Os meus olhos enxergam o que você nunca ve. E vice versa.
A minha verdade, ou a tua.
A nossa não há. Não se admite plural.
A verdade anda só como nós.
A realidade mais, já que é tão singular: individual.
Os meus olhos enxergam o que você nunca ve. E vice versa.
A minha verdade, ou a tua.
A nossa não há. Não se admite plural.
A verdade anda só como nós.
sábado, 17 de julho de 2010
O que me resta
(De algum momento do ano passado, escrito no caderno de Fisico Quimica.)
Sobrou o quarto semi-vazio
A capacidade de pensar
Os poucos livros na estante
Alguma música
A rede abandonada.
Sobrou a poeira dos discos
Os pregos nas paredes
Espaço entre os braços
O frio das mãos.
Sobrou uma única escova no banheiro
E o teu cheiro no lugar
O filme que não te pertencia
E o seu lugar á mesa que sequer existiu.
Sobrou os sonhos abandonados
Um bilhete amassado
Um desejo bem guardado.
Aliás, muito sobrou
Do pouco que restou de ti.
Sobrou o quarto semi-vazio
A capacidade de pensar
Os poucos livros na estante
Alguma música
A rede abandonada.
Sobrou a poeira dos discos
Os pregos nas paredes
Espaço entre os braços
O frio das mãos.
Sobrou uma única escova no banheiro
E o teu cheiro no lugar
O filme que não te pertencia
E o seu lugar á mesa que sequer existiu.
Sobrou os sonhos abandonados
Um bilhete amassado
Um desejo bem guardado.
Aliás, muito sobrou
Do pouco que restou de ti.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
ser ou não ser? eis a questão
Estamos o tempo inteiro tentando ter as qualidades de um certo alguem ou os defeitos que julgamos interessantes para uma personalidade. A criação, o lugar onde se vive, as amizades, talvez sejam fatores que influenciem em quem desejamos ser. tempo inteiro estamos submetidos a ladainhas e mentes fechadas que diversas vezes tentam fazer com que tenhamos as mesmas ideias e pensamentos.Mesmo que tenhamos nossos ideais diferenciados e nos tornarmos marginais, muitos ainda estarão conosco, apesar de ainda assim termos um senso crítico, sobre coisas ao nosso redor, aguçado. O problema está em exigir demais de mim mesma, seria muito mais prático seguir toda essa gente que me rodeia, estando com a turminha mais popular do bairro, saindo para os "melhores" lugares com as pessoas mais iguais.
Seria mais fácil. Do que querer ser diferente. O que também hoje em dia é algo bem relativo, conheço bastantes pessoas "diferentes", acho que ser diferente está deixando de ser diferente, está passando a ser normal, de tanto que tem gente assim.
O problema está novamente na palavra. Até quem tem um pensamento diferenciado, confunde isso e muda coisas normais como a vestimenta, por exemplo, mas novamente estão seguindo algo que alguém disse "se você pensa diferente, vá se vestir diferente daqueles outros". Ou seja, SEMPRE estamos vivendo em função de outras pessoas e lugares.
No meu caso não consigo nem me ver livre de mim mesma, estou cansada dessa minha discurssão, estou cansada dessa minha opinião, ela me segue em toda parte, em cada situação que vejo, em cada situação que ouço falar, nem mesmo em minha mente, em meus sonhos poderia dizer que estou livre, sinto que às vezes preciso de uma explicação e uma justificativa para cada coisa que se passa em minha cabeça. Isto está certo? No final, todos estamos seguinto alguma crença, mesmo que diferentes.
Seria mais fácil. Do que querer ser diferente. O que também hoje em dia é algo bem relativo, conheço bastantes pessoas "diferentes", acho que ser diferente está deixando de ser diferente, está passando a ser normal, de tanto que tem gente assim.
O problema está novamente na palavra. Até quem tem um pensamento diferenciado, confunde isso e muda coisas normais como a vestimenta, por exemplo, mas novamente estão seguindo algo que alguém disse "se você pensa diferente, vá se vestir diferente daqueles outros". Ou seja, SEMPRE estamos vivendo em função de outras pessoas e lugares.
No meu caso não consigo nem me ver livre de mim mesma, estou cansada dessa minha discurssão, estou cansada dessa minha opinião, ela me segue em toda parte, em cada situação que vejo, em cada situação que ouço falar, nem mesmo em minha mente, em meus sonhos poderia dizer que estou livre, sinto que às vezes preciso de uma explicação e uma justificativa para cada coisa que se passa em minha cabeça. Isto está certo? No final, todos estamos seguinto alguma crença, mesmo que diferentes.
domingo, 11 de julho de 2010
Crer
O pior castigo que alguém pode merecer é a incredulidade. Porque com ela, normalmente, vem a indiferença. Imaginem quando a própria voz ecoa no vento, no nada, e não ressoa pra ninguém. Pode-se falar, espernear, dizer em todas as línguas possíveis, até tentar dar algum exemplo em contrário, e nada. A criatura fica ali, parada no vácuo.
Todo o esforço que porventura fizemos para tentar mostrar a nossa alma, ou mesmo provar o valor da nossa honra, ou a nobreza dos nossos atos, pode ir por terra em um minuto. E depois não adianta mais nada.
Porque a incredulidade é tão cética que não acredita nem nela mesma. O príncipe virou sapo, o palhaço saiu do picadeiro, o filme acabou e ninguém entendeu o roteiro, a piada terminou e ninguém riu. Descrença é como isso. Não adianta tentar remendar depois.
A fé se foi. O sonho findou. O castelo ruiu sobre a areia. O cristal quebrou. É o fim? Não sei. Também não creio em fins. Creio em reinícios. São difíceis, são árduos, dependem de muito esforço e uma enorme plástica na cretinice, mas talvez, só talvez, tenha jeito.
A descrença pega. Mina uma pessoa, transmite-se a quem tá na volta e de repente tá todo um planeta olhando pra o sujeito de uma forma agnóstica. Por isso sempre vale a pena o trabalho de reconquistar o elo perdido com a fé alheia. Porque quando um mundo passa a desacreditar em alguém, difícil esse alguém continuar a acreditar em si. Porque o nosso valor precisa de espelho. Tem que bater no mundo e retornar respaldado. Pode ser que eu seja inocente, ou até muito crédula pra dizer isso, mas a verdade é que, apesar dos horrores que tenho visto e ouvido, continuo a crer na humanidade.Tudo depende do tamanho da alma de cada um. A minha é grande. É crente, até boba. Fazer o quê.
Pode ser que a providência ainda acredite em mim... isso seria bom.
Todo o esforço que porventura fizemos para tentar mostrar a nossa alma, ou mesmo provar o valor da nossa honra, ou a nobreza dos nossos atos, pode ir por terra em um minuto. E depois não adianta mais nada.
Porque a incredulidade é tão cética que não acredita nem nela mesma. O príncipe virou sapo, o palhaço saiu do picadeiro, o filme acabou e ninguém entendeu o roteiro, a piada terminou e ninguém riu. Descrença é como isso. Não adianta tentar remendar depois.
A fé se foi. O sonho findou. O castelo ruiu sobre a areia. O cristal quebrou. É o fim? Não sei. Também não creio em fins. Creio em reinícios. São difíceis, são árduos, dependem de muito esforço e uma enorme plástica na cretinice, mas talvez, só talvez, tenha jeito.
A descrença pega. Mina uma pessoa, transmite-se a quem tá na volta e de repente tá todo um planeta olhando pra o sujeito de uma forma agnóstica. Por isso sempre vale a pena o trabalho de reconquistar o elo perdido com a fé alheia. Porque quando um mundo passa a desacreditar em alguém, difícil esse alguém continuar a acreditar em si. Porque o nosso valor precisa de espelho. Tem que bater no mundo e retornar respaldado. Pode ser que eu seja inocente, ou até muito crédula pra dizer isso, mas a verdade é que, apesar dos horrores que tenho visto e ouvido, continuo a crer na humanidade.Tudo depende do tamanho da alma de cada um. A minha é grande. É crente, até boba. Fazer o quê.
Pode ser que a providência ainda acredite em mim... isso seria bom.
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